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HISTÓRIA DO CINEMA 3D


HISTÓRIA DO CINEMA 3D

Faz hoje 66 anos que Hollywood entrou na moda dos filmes 3D, quando a Warner Brothers lançou o House of Wax, tornando-se o primeiro blockbuster 3D

Actualmente são cada vez mais os filmes lançados com uma versão 3D, mas a febre pelos filmes que saem do ecrã não é nova.

"As origens" 

Os primórdios dos filmes 3D remontam ao século XIX quando uma patente foi registada, mas só em 1922 é a primeira longa-metragem em 3D foi lançada.
The power of Love (o poder do amor, em português) foi um filme mudo, a preto e branco que falhou em impressionar o público para esta nova tecnologia, tendo sido exibido apenas duas vezes em 3D.

Ao longo das próximas três décadas a tecnologia foi sendo aperfeiçoada, abandonando os óculos coloridos para dar espaço aos óculos polarizados que são usados hoje em dia para ver os filmes 3D.

Os anos 50: a primeira era de ouro

Em 1952, o filme independente Bwana Devil (o homem diabo, em português) estreou e foi odiado pela crítica, mas o público ficou deslumbrado com a ideia de ver filmes em 3D.
Foi este filme que espoletou a febre pelos filmes estereoscópicos.

A 10 de Abril de 1953 estreou o House of Wax (a casa de cera, em português), o primeiro filme 3D a cores e com som estéreo. Na altura, a Warner Brothers publicitou o filme como sendo o primeiro lançado por um grande estúdio, mas na realidade, dois dias antes, a Columbia Pictures tinha lançado o Man in the Dark (o homem no escuro, em português) também em 3D, ainda que a preto e branco.

Um mês depois, os estúdios de Walt Disney lançavam o primeira desenho animado em 3D, Melody (melodia, em português).

O interesse durou pouco tempo, os espectadores não queriam pagar o dobro para ver filmes que os deixavam enjoados e também porque o crescimento da televisão e consequente perda de receitas nas salas de cinema levou a que os estúdios abandonassem o 3D.

Apesar da falta de apoio dos grandes estúdios, a tecnologia não morreu e, em 1969, The Stewardesses (as hospedeiras, em português) tornou-se o filme 3D mais lucrativo de sempre, quando o investimento de 100 mil dólares resultou em 25 milhões de dólares em receitas.

"Anos 80: o renascimento"

O surgimento dos cinemas IMAX revolucionou a forma de ver filmes devido à grande resolução dos filmes num ecrã gigante que quase engole a audiência, e foi também nesta altura que a empresa começou a apostar em filmes em 3D. We Are Born of Stars (somos feitos de estrelas, em português) foi o primeiro realizado pela companhia para este novo formato.

Durante esta década, o nicho do 3D encontrou um lugar em parques de diversões, com a Disney a criar um filme 3D protagonizado por Michael Jackson, Captain EO (capitão EO) em 1986. A Universial Pictures associou-se com James Cameron que realizou uma mini-sequela ao Terminator 2: Judgment Day (O Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento) para os seus parques de diversões.

Com a entrada no novo século, o IMAX atingiu um novo marco ao filmar o primeiro documentário 3D no espaço, Space Station 3D (estação espacial 3D, em português).

Em 2003, Hollywood voltou a atacar, quando nesse ano o documentário de Cameron sobre o Titanic e o terceiro filme da saga Spy Kids foram gravados em 3D.

No entanto, só em 2004 é que os grandes estúdios reconheceram o potencial, quando o filme The Polar Express (Polar Express) facturou 40 milhões de dólares em receitas nas salas de cinema IMAX 3D, nos Estados Unidos.

Em 2006, Super-Homem: O Regresso, filmado em 2D, é convertido para 3D durante a pós-produção, tendo sido a primeira vez que o processo foi aplicado. O êxito deste ditou o futuro da indústria cinematográfica.

Foi nesta altura que Cameron começou idealizar o seu próximo projecto. Só na primeira semana de exibição do filme Avatar, a versão 3D do filme foi responsável por 56% das receitas mundiais e acabou por se tornar o primeiro filme a ultrapassar a barreira dos 2 mil milhões de dólares em receitas.

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